9 ANOS DEPOIS - a partir da Ilíada - parte II
Criação coletiva inspirada na leitura da obra Ilíada, de Homero
[IIª parte - a relação dos homens com os deuses]
LOCAL E DATAS
> 9 a 12 de Fevereiro de 2017 - Rua das Gaivotas 6 (Lisboa)
> 22 de Fevereiro de 2017 - Teatro Ibérico (Lisboa), na Mostra Santos Selvagens’17
FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
Criação e produção auéééu-Teatro
Com Beatriz Brás, Filipe Velez, Frederico Barata, Joana Manaças, João Santos, Jean Louis, Miguel Cunha, Sérgio Coragem, Tiago Velez e Vânia Geraz
Cartaz Filipe Andrade
Fotografias Alípio Padilha
M/16
SOBRE O ESPETÁCULO
Partindo da relação dos homens com os deuses, deuses que observam do alto do Olimpo, do alto da sua condição imortal, as tragédias dos mortais, concentrámo-nos na ideia de ver e de «fazer ver». Contemplar ou ser objecto de contemplação.
Para Mondzain, o homem tornou-se sabedor mas antes ele foi espectador. Espectador do mundo e da sua própria obra. Espectador da sua tentativa de se
imortalizar. Tal como Aquiles deseja a eternidade, assim também o homem das cavernas desejou ser observado enquanto imagem eterna: a sua mão nas grutas de Chauvet é a marca da sua percepção de que todos somos efémeros, essa é a sua mensagem para os séculos por vir.
Ajax reconhece Poseidon pelos pés; hoje, é difícil ver os deuses. Talvez a poesia traga um encontro súbito e concreto de uma evidência, de uma epifania: leite. O divino. Leite.
As perguntas de uma rádio disfuncional transformam-se em imagens projectadas de um «Mundo-Poema», num único take de cinema composto por detours de filmes. Mas no teatro tudo está exposto: ação e paixão tornam-se pouco discerníveis e já não se sabe quem vê e quem é visto, quem pinta e quem é pintado.
TEASERS
CARTAZ