F

A companhia divide-se em dois e apresenta em simultâneo o mesmo espectáculo em dois teatros diferentes - criação coletiva à volta do conceito de «Fraude» e «Autoria», com textos de autoria própria, cujo o processo se inicia no Ciclo de Inúteis Conversas II

LOCAL E DATAS

> 28 de outubro - 8 de novembro de 2020 - Teatro Nacional D. Maria II e no São Luiz Teatro Municipal

FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA

Criação e Produção auéééu
Com Beatriz Brás, Filipe Velez, João Santos, Jean Louis Silva, Joana Manaças, Miguel Cunha e Sérgio Coragem
Particpação (vídeo) Mélanie Martins (no TNDMII), Siegfried Stüber (no SLTM), Aida Tavares, Tiago Rodrigues
Desenho de luz e vídeo João Cachulo
Cenografia auéééu
Construção de cenografia João Dourado (no SLTM)
Residência de Co-Produção Espaço do Tempo
Residência de Produção Largo de Residências
Co-Produção TNDMII e SLTM
Apoios SPA, AGECOP, Clube de Ténis do Estoril, Ginásio Clube Português, Marcial Artsport, Livraria Ferin
Apoio à Criação Joana Silva
Apoio à Pesquisa (Inúteis Conversas) David Antunes, Francisco Luís Parreira
Agradecimentos Tiago Durão, José Brás,Vítor Pinto da Fonseca, TransboavistaVPFArtEdifício, Isabel Teles de Menezes, Ana Vidigal, Maria Teresa Gonçalves, Pedro Faro, Fernando Roussado, Patrícia Portela, José Maria Vieira Mendes, António Feijó, Aurora Pinho, Gonçalo M. Tavares, Luis Miguel Cintra, Diana de Sousa.
Fotografias Filipe Ferreira
Duração 110min.
M/12

SOBRE O ESPETÁCULO

> VERSÃO I - TNDMII

A partir do momento em que este espetáculo começa, haverá outro a decorrer exatamente à mesma hora no São Luiz Teatro Municipal, com o mesmo título e assinatura que este, e que constitui uma verdadeira fraude. É preciso que fique claro que nesta sala, a sala Estúdio Amélia Rey Colaço / Robles Monteiro, está a autêntica companhia de teatro, e tudo o que for informação que contraria este facto não passa de um engodo que não pretende nada mais que confundir o público, os espectadores e os programadores de espetáculos. Trata-se, pois, de um assunto delicado que exige um escrutínio detalhado e sem falhas, onde a verdade virá, como sempre, à tona.
Decorria o ano de 2018, quando tivemos a oportunidade de reunir com a direção do Teatro Nacional D. Maria II para apresentar um projeto de espectáculo. Em traços largos, a proposta seria esta: uma encenação do texto não editado de Samuel Beckett, Leão Marinho (1951), que propõe a apresentação do espetáculo em dois teatros diferentes. A rebuscada, exigente e vanguardista dramaturgia da peça e das nossas ideias conseguiram, então, a colaboração entusiasmada e cooperante de duas incontornáveis instituições teatrais da cidade de Lisboa - o TNDM II e o SLTM. Infelizmente, no decorrer do processo, divergências estéticas, políticas e pessoais dentro da companhia sobrepuseram-se a qualquer dramaturgia e a separação desta foi inevitável. Assim, este espetáculo representa, mais do que um objeto teatral, uma tentativa de repor a verdade dos factos. Um julgamento a pingue -pongue cujos réus se encontram no outro teatro e cujas testemunhas convocamos a sentarem-se diante de nós para comprovarem que os auéééu são os que perante vós se apresentam, e que os outros são meros dissidentes sem fala que não pretendem mais do que criar um simulacro para distrair as nossas mentes frágeis e ingénuas. Ora, arrisquem comprová-lo visitando ambos os teatros. Este será o espetáculo do século. Que o autentifique o público. Que o digam os peritos.

> VERSÃO II - SLTM

Caríssimas senhoras e senhores do público, apelamos à vossa ajuda: ao momento presente, um outro espetáculo denominado F, com a mesma assinatura que este, está a ser apresentado nou-
tra sala desta cidade. É necessário alertar publicamente para o esquema ilícito e de má fé que os restantes ex-membros da companhia lamentavelmente decidiram levar a cabo, sem qualquer
tipo de autorização ou consentimento da nossa parte, vendendo este espetáculo ao Teatro Nacional D. Maria II sob a nossa assinatura. Esta atitude condenável e de contornos perversos
levanta questões sobre os limites éticos e filosóficos da autoria, sobre a verdade, autenticidade e identidade, sobre as ratoeiras políticas do mercado da arte, sobre os argumentos teológicos da
criação como ato original.

CARTAZES

TEASERS

> VERSÃO I - TNDMII - ︎

> VERSÃO II - SLTM - ︎

IMPRENSA